terça-feira, 5 de maio de 2009

Saúde Pública


Frente Parlamentar exige

esclarecimentos para população



Em reunião extraordinária, Frente Parlamentar de Combate e Prevenção à Aids e Tuberculose, coordenada pelo deputado Paulo Borges, discutiu a desinformação sobre as contraindicações da vacina da Gripe e Febre Amarela



Em virtude das dúvidas geradas pela sociedade sobre quem pode, ou não, ser vacinado, a Frente Parlamentar se reuniu hoje à tarde, na Assembleia Legislativa, com especialistas da área de saúde do RS. O proponente da reunião, Paulo Borges (DEM), relatou que o encontro foi esclarecedor, e que essa cristanilidade na informação dever ser repassada a sociedade o quanto antes: "A Secretaria de Saúde deve fazer uma nota à sociedade para esclarecer, principalmente aos portadores de HIV ou pessoas em tratamento quimioterápico, quem está apto a tomar as prevenções disponibilizadas".


Há um consenso: muitas informações estão sendo jogadas à sociedade sem um real esclarecimento sobre o assunto. Eduardo Sprinz, infectologista do Hospital de Clínicas, foi enfático quando falou sobre a vacinação para pessoas com imunodeficência: "Não é indicado que pessoas portadoras de HIV, que estejam fazendo quimioterapia ou que sejam usuários de drogas imunosupressoras tomem as vacinas disponibilizadas nos postos, seja Febre Amarela ou Gripe". O especialista diz que cada caso dever ser analisado particularmente e que existe um exame para constatar se o imunodeficiente está apto ou não para tomar a prevenção. A principal iniciativa do portador do HIV é consultar o seu médico antes de se dirigir ao posto de saúde, conforme explica a Dra. Alethea Sperb, do Centro de Vigilância em Saúde: "As pessoas não devem criar nenhum alvoroço. Basta ir ao seu especialista e ele dará a devida indicação do procedimento a ser tomado pelo paciente".


Sandra Perín, do Grupo de Apoio aos Portadores de Aids (GAPA/RS), diz que os gaúchos estão com informações desencontradas e agindo impulsivamente ao ir tomar a vacinação sem o devido cuidado: "O medo, gerado pela forma de abordagem da mídia quanto ao H1N1 e a Febre Amarela, está fazendo com que as pessoas, inclusive os portadores de HIV, tenham pressa em se prevenir, sem saber a real consequência dessa aplicação em seu sistema imunológico". Tânia Figueiró, representante da Secretaria da Saúde (SES), também diagnosticou o atropelo de informações dadas a sociedade, e vai levar a SES o pedido DA Frente Parlamentar de uma nota técnica esclarecedora para que os cidadãos gaúchos, portadores ou não de HIV, saibam se estão aptos a tomar as vacinas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário