quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Uma nova esperança

Frente Parlamentar de Prevenção e Combate a Aids vai levar o tema além do carnaval


Na época de carnaval, o risco de infecção pelo vírus HIV aumenta. As pessoas ficam mais vulneráveis e propensas a beber, o que compromete a percepção para avaliar uma situação de sexo seguro. Porém, as discussões sobre a doença, que são mais frequentes nessa época, devem ocorrer o ano todo. As estatísticas provam que as campanhas preventivas não têm tanta eficácia. Enquanto no RJ e São Paulo os índices caem, no Rio Grande do Sul, o coeficiente de mortalidade por Aids aumenta. Em 1994, os óbitos por Aids foram de 719. Em 2007 este número subiu para 1413, um aumento de quase 100%. Segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul tem a maior taxa de incidência de Aids do país, alcançando 36,5 casos por 100 mil habitantes. Entre 1980 e 2008, foram registrados 46.299 casos no Estado, sendo que, desses pacientes, 18.052 já morreram.


Para mudar essa realidade, o deputado democrata Paulo Borges criou a Frente Parlamentar de Prevenção e Combate a Aids, no final do ano passado. O objetivo é implementar e fiscalizar políticas públicas já existentes, fiscalizar e analisar dados e estatísticas a fim de elaborar estratégias eficazes de luta permanente contra a Aids e dar mais visibilidade ao tema. O projeto surgiu a partir da sensibilização do Grupo de Apoio a Prevenção a Aids do Rio Grande do Sul (GAPA - RS). A instituição luta pela melhoria nos serviços de saúde pública e proporciona atendimento nas áreas de prevenção e educação para a saúde, oferecida a toda a comunidade.

Para a Sandra Perin, psicóloga, do GAPA-RS, a Frente Parlamentar terá um olhar de saúde. Segundo ela, a AIDS é muito mais que uma doença, são várias doenças que também envolvem questões ligadas à discriminação, vulnerabilidade social, cultura, questões trabalhistas e psicológicas. “Todo ano são distribuídas camisinhas e mesmo assim o numero de casos da doença continua subindo. Isso prova que não basta apenas distribuir, tem que haver um diálogo contínuo e de sensibilização”, afirma Grazielly Giovelli, psicóloga do GAPA-RS, e complementa: “O cidadão tem que saber por que está usando a camisinha, como usar e, principalmente, fazer disso um hábito”. O deputado Paulo Borges defende a humanização das discussões: "As discussões sobre a Aids devem ir muito além das campanhas de carnaval e das aulas de educação sexual. Essas abordagens são muito importantes, mas a população também deve cobrar políticas públicas que contemplem os soropositivos e saber exigir o direito de um tratamento justo perante a sociedade, e isso ainda não é discutido", analisa.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Instalada Frente de combate à Aids

A Assembléia Legislativa instalou ontem, quarta-feira (17) a Frente Parlamentar de Prevenção e Combate à Aids. Dezenas de representantes de ONGs, além de portadores da doença e familiares, lotaram o gabinete da presidência do parlamento. A instalação da Frente foi aprovada por unanimidade pelos deputados.

Segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul tem a maior taxa de incidência de Aids do país, alcançando 36,5 casos por 100 mil habitantes. Entre 1980 e 2008, foram registrados 46.299 casos no Estado, sendo que, desses pacientes, 18.052 já morreram.

“É inadmissível que um povo que se diz culturalmente avançado esteja com esse problema”, afirmou o coordenador da iniciativa, deputado Paulo Borges (DEM).

A Frente deverá realizar as seguintes ações: ter um olhar de saúde, criar uma legislação eficiente contra a Aids, fiscalizar a legislação já existente, fiscalizar e executar as políticas públicas de prevenção, trabalhar nas questões ligadas à discriminação e mapear projetos em andamento.

De acordo com o representante do Ministério da Saúde, Nelson Correia, frentes parlamentares semelhantes já existem em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Ele informa que o Programa Nacional DST/Aids tem os seguintes pontos como agenda mínima para 2009: aumentar a cobertura de testagem de HIV e sífilis no pré-natal, proporcionar o diagnóstico precoce através do teste rápido, trabalhar as populações vulneráveis e manter parcerias com instituições para aumentar a cobertura de prevenção.

“Há muito trabalho pela frente. Após o recesso, vamos trazer a sociedade para a discussão. Queremos saber por que estão ocorrendo esses índices tão altos de casos de Aids no Estado”, declarou Paulo Borges (DEM).
Agência de Notícias A L
Por: Fabiane Moreira - MTB 9271
Edição: Rejane Silva MTB 6302
Foto: Galileu Oldenburg / Ag AL
O Rio Grande do Sul terá Frente Parlamentar contra a AIDS
O Estado tem a maior taxa de incidência da doença em todo o País. São Paulo e Rio de Janeiro também já atuam com frentes

A Assembléia Legislativa instala amanhã, quarta-feira, 17 de dezembro, a Frente Parlamentar de Combate a AIDS, que foi aprovada com a unanimidade dos deputados. A iniciativa é do deputado Paulo Borges em conjunto com ONGS preocupadas com os altos índices da doença entre os gaúchos. A cerimonia que acontece no Salão Júlio de Castilhos, às 17h horas, contará com a presença do Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS (Gapa), Fórum ONG / AIDS, Grupo Somos, Rede Nacional de Pessoas Vivendo com Aids, entre outras ONGS, além de portadores e familiares.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), o RS tem a maior taxa de incidência DE AIDS de todo o País, 36,5 casos por 100 mil habitantes. O estado gaúcho está à frente de RJ e SP, por exemplo, que já instituíram frentes parlamentares e atuam na implementação de políticas públicas para melhorar os mecanismos de controle da doença, a distribuição de medicamentos e de preservativos, bem como das doenças associadas.

Outro agravante, conforme indica o boletim epidemiológico sobre a AIDS, apresentado pelo MS, são os óbitos registrados no RS. Enquanto, no RJ e São Paulo os índices caem, no estado gaúcho, o coeficiente de mortalidade por AIDS aumenta (clique aqui e veja a tabela na pág. 16 do boletim).

"Isso demonstra que o RS não vêm desenvolvendo políticas públicas eficazes contra a doença", declara Paulo Borges.

Olhar de saúde

Para a psicóloga, Sandra Perin, do Gapa, a Frente Parlamentar terá um "olhar de saúde". Segundo ela, a AIDS é muito mais que uma doença, são várias doenças que também envolvem questões ligadas à discriminação, vulnerabilidade social, cultura, e questões trabalhistas e psicológicas.

Por isso, a Frente parlamentar contra a AIDS tem como objetivo, implementar e fiscalizar políticas públicas já existentes, fiscalizar e analisar dados e estatísticas a fim de elaborar estratégias eficazes de luta permanente contra a AIDS, e dar mais visibilidade ao tema.

Veja algumas das ações da Frente Parlamentar

# A Frente Parlamentar terá um olhar de saúde
# Criar uma legislação eficiente contra a AIDS
# Fiscalizar a legislação já existente
# Fiscalizar e executar as políticas públicas de prevenção
# Voltar a atenção também para patologias ligadas a AIDS e negligenciadas, como a tuberculose
# Trabalhar nas questões ligadas à discriminação (mercado de trabalho, cultura, etc)
# Mapear projetos em andamento

Paulo Borges acaba de anunciar a instalação da Frente Parlamentar de Combate à Aids


Foto: Guerreiro Ag. Al

Ao final da audiência pública realizada hoje (03) pela manhã, o deputado Paulo Borges, proponente do encontro para debater a Aids no RS, anunciou a instalação da Frente Parlamentar de combate à doença a ser realizada no próximo dia 17 de dezembro, às 17h, no Salão Júlio de Castilhos.

Estiveram presentes na audiência o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual da Saúde, Gapa, Fórum ONG / AIDS, Grupo Somos e Rede Nacional de Pessoas Vivendo com Aids, entre outras entidades.

“O debate foi fundamental, mas este é apenas o início de uma longa batalha. A Frente Parlamentar irá trabalhar na implementação de políticas públicas para combater a Aids no Estado, melhorando os mecanismos de controle da doença, a distribuição de medicamentos e de preservativo, bem como das doenças associadas, como a tuberculose”, salienta o deputado.

A Criação da Frente Parlamentar teve adesão unânime dos deputados.